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Vôlei de Praia

Em solo brasileiro, corrida olímpica no vôlei de praia chega a momento decisivo

<p>Dhavid Normando/FV Imagem/CBV</p>

Dhavid Normando/FV Imagem/CBV

Brasil terá quatro duplas em Paris-2024

A temporada 2024 do Circuito Mundial de Vôlei de Praia começou com definições na corrida olímpica, mas ainda há muito em jogo para quem sonha com uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. E a sequência de torneios no Brasil pode ajudar algumas duplas a manter o sonho francês vivo.

Circuito Mundial de Vôlei de Praia vive duas etapas seguidas em solo brasileiro. Neste fim de semana, o Recife está recebendo um torneio Challenge, o 2º principal nível do circuito; e, entre 28 e 31 de março, será a vez de Saquarema-RJ sediar uma etapa da mesma classe, também valendo (até 800) pontos importantes para o ranking.

Com o limite máximo de duas duplas por país em cada gênero, o Brasil já sabe que terá representação máxima em Paris há muito tempo – a dúvida é quais serão as duplas. No feminino, Duda Lisboa/Ana Patrícia lideram o ranking e já garantiram a vaga. A segunda até segue indefinida, mas Bárbara Seixas/Carol Solberg venceram o Elite16 de Doha e estão muito perto da classificação.

A experiente dupla carioca está em 3º no ranking olímpico mundial do vôlei de praia, com 10.200 pontos, mas, ainda assim, outras duas duplas ainda sonham com a briga: Tainá/Vic (#10, 7.720) e Agatha/Rebecca (#12, 7.320). Para essa última, a missão ficou ainda mais improvável depois de uma eliminação precoce no Recife.

Tainá, por sua vez, conseguiu avançar e comentou sobre como a dupla encara essa briga. “A gente fez o nosso trabalho aos poucos, remando, por fora, devagarzinho. Acho que isso foi o que fez dar certo. Se a gente está onde está hoje, foi por conta disso. Quando começa a pensar que precisamos de resultados, disso ou daquilo, a gente coloca um peso maior do que já tem”.

Assim, ela reforçou o desejo da classificação, mas garantiu que o trabalho precisa ser pensado a cada passo. “Estamos muito focadas em busca dessa vaga, óbvio, mas a gente está buscando nosso melhor jogo, nosso melhor rendimento, nossa melhor performance. O que vier será consequência disso”.

Tainá e Victoria em jogo do Challenge do Recife do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia

Tainá e Vic tem situação delicada, mas ainda sonham com Paris – Dhavid Normando/FV Imagem/CBV

A corrida olímpica masculina no vôlei de praia

Depois de Recife e Saquarema, o Circuito Mundial de Vôlei de Praia segue com Challenges em Guadalajara-MEX (11-14 de abril), Xiamen-CHN (25-28 de abril) e Stare Jablonki-POL (30 de maio-2 de junho) e torneios Elite16 em Tepic-MEX (17-21  abril), Brasília (1º-5 de maio), Espinho-POR (22-26 de maio) e Ostrava-TCH (5-9 de junho).

Todas essas etapas serão levadas em conta na corrida olímpica e cada ponto pode fazer diferença na disputa pelas duas vagas masculinas do Brasil no vôlei de praia. Hoje, a vantagem está com George/André (#5, 8.440) e com Evandro/Arthur (#7, 8.000), mas outras duas duplas seguem muito vivas: Renato/Vitor Felipe (#20, 6.440) e Pedro Solberg/Guto (#24, 6.080). As quatro duplas avançaram ao mata-mata no Recife.

A favor desses últimos, ainda há uma vantagem. Eles disputaram apenas 10 do máximo de 12 torneios que podem contar pontuação, então têm um caminho mais livre para subir no ranking, em caso de duas boas campanhas. Também adotando um discurso de pensar passo a passo, Pedro Solberg não se disse otimista nem pessimista, mas reforçou a importância dessas disputas finais do vôlei de praia antes dos Jogos.

“Temos ainda nove torneios pela frente que valem pontos para a corrida olímpica e todos os torneios são importantíssimos, não tem diferença nenhuma de um para o outro. Então, os próximos nove, contando com esse, são os torneios mais importantes para nós, os mais importantes do meu final de carreira, sem dúvidas”.

Aos 37 anos, o carioca já teve a experiência de jogar uma Olimpíada, ao lado de Evandro, caindo nas oitavas de final da Rio-2016. Mas sua irmã, um ano mais nova, está com o sonho olímpico bem encaminhado pela primeira vez. Questionado se a classificação iminente de Carol Solberg dá uma motivação a mais, Pedro comemorou pela irmã.

“Dá, mas eu não penso muito nisso. Eu fico muito feliz porque a Carol conseguiu essa vaga, acho que não tem ninguém mais pra conseguir chegar perto delas, é bem improvável que alguém tire isso. Óbvio, seria maravilhoso poder estar lá, eu e minha irmã, juntos, em uma Olimpíada, seria um sonho que eu nunca pensei”. A dupla é filha de Isabel Salgado, ídolo do vôlei de quadra brasileiro, falecida no fim de 2022.

Pedro Solberg em jogo do Challenge do Recife do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia

Aos 37 anos, Pedro Solberg sonha com 2ª Olimpíada da carreira – Dhavid Normando/FV Imagem/CBV

O vôlei de praia internacional

Ao todo, serão 24 duplas de cada gênero na disputa olímpica do vôlei de praia. Dessas, uma está reservada para o país-sede e outra para a dupla campeã do Mundial de 2023. Ainda há cinco vagas para torneios regionais que acontecerão em junho, enquanto o ranking mundial dá 17 vagas, com uma limitação de duas duplas por país. A contagem do ranking olímpico considera as 12 melhores performances da dupla entre janeiro de 2023 e o Elite16 de Ostrava.

E a relação de irmãos em Paris pode ir além de Carol e Pedro Solberg. Hoje fora das vagas do ranking, mas brigando para entrar, aparecem os argentinos Tomás e Nicolás Capogrosso e os gêmeos ingleses Javier e Joaquín Bello. Os hermanos somam 4.420 pontos em apenas 11 torneios, enquanto os europeus têm 3.640 em oito. Assim, ambas as duplas têm muito espaço para crescer nesses torneios finais.

Mas se o Brasil começa todo ciclo olímpico com a certeza de que terá duas duplas em cada naipe do vôlei de praia nos Jogos, isso não é fato para a maioria dos países. Estamos acostumados a uma disputa interna pelas vagas, mas nesses casos, a briga é internacional, como explicou Joaquín.

“Nós queremos ir às Olimpíadas e nossos rivais estão todos aqui, então, se quisermos ter chances, precisamos vencer todos os jogos. Toda partida pode ser os últimos pontos para Paris, então estamos dando tudo que temos. A matemática ainda está a alguns torneios de distância. Qualquer um que chegar aos últimos torneios e não vencer os seus jogos, é isso, termina. Ainda é início de temporada, é o primeiro torneio de 2024, há muito para disputar”.

Seu irmão, Javier, reforçou a intensidade da briga pela vaga. “É uma disputa muito competitiva, com muitas equipes boas brigando por pouquíssimas vagas via ranking. Nós queremos ser um desses times, então precisamos ir muito longe em todos esses torneios”.

Ele ainda reforçou que a parceria com o próprio irmão é um diferencial a favor dos gêmeos Bello. “É um dos nossos pontos fortes, porque nos conhecemos muito bem, então sabemos o que esperar um do outro, não precisamos filtrar nada, podemos simplesmente dizer qualquer coisa que está acontecendo na quadra. Nos sentimos muito bem juntos e queremos continuar assim”, explicou Javier.

Ingleses Javier e Joaquín Bello em jogo do Circuito Mundial de Vôlei de Praia

Javier e Joaquín querem legar a Grã-Bretanha de volta ao vôlei de praia olímpico pela 1ª vez desde Londres-2012 – Divulgação/Beach Volleyball World

O Challenge Recife do Circuito Mundial de Vôlei de Praia

Para tentar seguir buscando esses pontos importantes no ranking olímpico, as duplas disputam as repescagens e oitavas de final do Challenge do Recife a partir das 9h deste sábado (23). Pela tarde, a partir das 16h, acontecem as quartas de final. Semis e finais serão no domingo (24). Em Saquarema, as disputas começam no dia 28, com a fase qualificatória para os grupos, no dia seguinte.

Todas as partidas desses dois torneios (e de todo o Circuito) são transmitidas pela plataforma de streaming da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), a VBTV. Além disso, os torcedores recifenses também podem comparecer à arena de vôlei de praia para assistir às partidas, com entradas gratuitas disponíveis no site da CBV. Os ingressos para Saquarema só devem ser disponibilizados na próxima semana.