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Vôlei de Praia

Atleta denuncia xingamentos homofóbicos durante o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, no Recife

<p>Foto: Reprodução/Instagram</p>

Foto: Reprodução/Instagram

A CBV reuniu as provas, abriu um boletim de ocorrência e vai encaminhar a denúncia ao Ministério Público de Pernambuco

O atleta Anderson Melo, que faz dupla com Lyan, denunciou nas redes sociais neste sábado (16) que sofreu homofobia durante uma partida do Aberto, na 2º etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, na Praia do Pina, no Recife.

O jogo foi válido pela fase de grupos, na última quinta-feira (14). Anderson jogava contra a dupla Luizão e Fabiano quando ouviu xingamentos, cânticos homofóbicos e até ameaças.

O atleta publicou os vídeos da transmissão do jogo em que dá para ouvir, de forma evidente, as palavras fortes contra ele.

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Dentre elas, insinuações de que era “mulher” e que usava “calcinha”. Eles também chamaram Anderson de “bicha” e “pintosa”, aos gritos.

A pessoa em questão pede ainda que o atleta adversário saque na direção de Anderson, a fim de machucá-lo e diz: “dá na cara dela”, “deixa a gente matar ela aqui”.

Enquanto os cânticos e xingamentos homofóbicos eram proferidos na arquibancada, os juízes da partida não fizeram menção em interromper o jogo nem mesmo repreendeu a atitude.

Anderson Melo faz apelo as autoridades

O atleta de vôlei de praia publicou os vídeos nas redes sociais e um texto lamentando o ocorrido.

“Me senti completamente acoado e sem entender porque as pessoas estavam fazendo aquilo. Um ambiente feito para as pessoas apreciarem os atletas, torcer para seus favoritos é claro, mas não necessariamente tentar diminuir, xingar, debochar ou tentar ridicularizar alguém”, escreveu..

Anderson Melo informou que se dirigiu a Delegacia após a partida e abriu queixa pelo crime sofrido, e pediu apoio da CBV e das autoridades para apurar o caso.

Nos comentários, ele recebeu apoio de colegas de profissão como, Tiffany, atleta trans e apoiadora da causa LGBTQI+ no vôlei, Gabi, Macris, Fabi Alvim, Carol Gattaz, Douglas Pureza, dentre outros.

Após o atleta expor o caso nas redes sociais, a CBV informou que reuniu provas, abriu um boletim de ocorrência e vai acompanhar o caso, que também será denunciado no Ministério Público de Pernambuco.

Nota oficial da CBV sobre o caso de homofobia contra o atleta

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) lamenta e repudia veementemente os ataques homofóbicos ao atleta Anderson Melo, feitos na quinta-feira por pessoas que assistiam aos jogos da segunda etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, em Recife.

A CBV apurou os fatos, reviu as imagens da partida, conversou com a arbitragem e reuniu todas as informações necessárias para, neste sábado, protocolar um boletim de ocorrência em uma delegacia de Recife. O caso também será encaminhado ao Ministério Público local e a CBV acompanhará todos os desdobramentos. 

Desde sexta-feira, a mensagem abaixo é veiculada antes de cada partida da quadra central.

“Atenção, torcedores! Racismo, homofobia e outros atos discriminatórios são crime, e não podem fazer parte dos eventos do voleibol brasileiro. Manifestações como as ocorridas nas quadras externas não podem se repetir. Esporte é diversidade, tolerância, respeito e inclusão! E respeito é um dos maiores valores que o esporte ensina! Vamos torcer com paixão! O voleibol por um mundo sem preconceito e discriminação!”

A CBV lamenta que Anderson Melo tenha sofrido essa violência e está prestando todo o auxílio ao atleta. A CBV reforça que não admite qualquer tipo de preconceito, entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como respeito, tolerância e igualdade; e agirá sempre para coibir qualquer manifestação discriminatória em seus eventos.