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Opinião

Flamengo está certo em jogar no Nordeste no Carioca e federações da PB e RN erram ao dar aval

<p>Fotos: divulgação</p>

Fotos: divulgação

Em janeiro, o Flamengo jogará quatro vezes fora do Rio de Janeiro valendo pelo Campeonato Carioca de 2024. Serão dois jogos no Norte, nas cidades de Manaus e Belém, e dois no Nordeste. Aqui, a primeira apresentação será contra o Nova Iguaçu, no Estádio Almeidão, em João Pessoa, e depois contra a Portuguesa, na Arena das Dunas, em Natal. Jogos já confirmados pela Ferj para os dias 21 e 27, respectivamente. Nesses dois casos o rubro-negro carioca será o “visitante” na tabela, embora também tenha sido consultado para a marcação dessas partidas, que visam casa cheia e rendas milionárias. E essa expectativa se mantém mesmo com a enorme possibilidade escalações reservas neste início de temporada.

Jogos na região fortalecem ainda mais o Fla

Sobre esses jogos na região, especificamente, digo de antemão que o Flamengo está certo em fazer isso, mesmo soando estranho. Detentor da maior torcida do Brasil, o clube tem 21% da preferência nacional, de acordo com a última pesquisa do Datafolha, divulgada em agosto do ano passado. Observando o cenário no Nordeste neste mesmo estudo, a liderança do Fla é ainda mais folgada, chegando a 29%. Em segundo lugar na região, o Corinthians aparece bem distante, com 9%. Logo, o fortalecimento de sua massa fora de seu estado de origem, capitalizando ao máximo as várias possibilidades longe do Maracanã, é quase uma obrigação para quem dirige o Mengão, que vive um momento econômico como nunca se viu.

Entretanto, a partir de agora esta análise segue para um outro lado desta história. Mais precisamente para o papel desempenhado pelas federações estaduais de futebol da Paraíba e do Rio Grande do Norte. No caso paraibano, a presidente da entidade, Michelle Ramalho, buscou um contato direto com o presidente do Fla, Rodolfo Landim, para colocar o Almeidão à disposição – num momento em que o Maraca estaria fechado para a reforma do gramado. Uma semana depois veio a confirmação do jogo na capital paraibana. Mesmo com o Campeonato Paraibano, organizado pela entidade comandada por ela, começando no mesmo período. Faz sentido?

Já houve jogo do Carioca em Natal

Sobre responder este questionamento, saiba que a realização de um jogo de campeonato estadual em outro estado precisa do aval da federação da outra praça. Portanto, a FPF (PB) e a FNF (RN) deram aval para isso. Particularmente, acho frustrante que as entidades não enxerguem as suas próprias prioridades. Na capital potiguar, diga-se, nem será a primeira vez que ocorre um jogo do Campeonato Carioca. Em 2017, também na arena da Copa do Mundo, o Flamengo goleou o Boavista por 4 x 1 diante de 9.211 pessoas. Naquela ocasião, o time da Gávea começava a dar sinais de enorme transformação após o ajustes das suas contas. Tanto que de lá pra cá ganhou duas Libertadores e dois Brasileirões. Agora, então, dá pra imaginar um público três vezes maior.

Voltando a falar de público, as últimas pesquisas locais apontam o Flamengo como time de maior torcida tanto na Paraíba quanto no Rio Grande. Logo, reforçando, o clube do Rio precisa mesmo investir nesses nichos. Enquanto as federações precisam pensar, prioritariamente, nos seus filiados. Nas cidades desses dois futuros jogos, isso significa entender s consequências para Botafogo, ABC e América em termos de massificação do público. É claro que acabe discussão até se vai afetar mesmo – ou mesmo a escala disso. Na minha visão, afeta. Afinal, a “batalha” desses clubes pelo próprio “mercado local” é muito dura e muito antiga. Além da concorrência de clubes tradicionais do Sul-Sudeste, com o Flamengo puxando a fila, já há até um forte apelo por clubes internacionais. Real, Barça, City, Bayern, United, PSG etc.

A antiga disputa pela preferência local

Sendo assim, imagine alguém que é Botafogo, Flamengo e Manchester City. Hoje, em Jampa, isso seria até um padrão considerando torcedores com múltiplas opções. Obs. Não há problema algum, sendo isso um tanto óbvio, pois a liberdade de escolha é plena. Só que para o clube, especificamente, faz. Em algum momento, este torcedor pode – quem sabe – optar pela camisa do City na hora de comprar um uniforme ou na adesão ao plano de sócio do Fla, com o Bota sendo ficando para outro momento. Essa canalização de recursos, numa escala maior, influencia. Ou não? E caso fosse o Bota a prioridade, seria natural que os outros clubes envolvidos lutassem pelo mercado.

Isso realmente faz parte do “mercado”. É assim que funciona há temos, mas não deveria acontecer com o apoio das próprias federações locais. Um acordo com com os governos estaduais, que controlam os estádios, faria mais sentido, visando movimentação da econômica, turismo etc. Mas não foi o caso. Foi uma costura política por quem deveria focar em outros clubes. À parte da curiosidade sobre a vinda do Fla para jogar o seu Estadual a milhares de quilômetros do Rio de Janeiro, fica evidente como o interesse financeiro do caixa das duas federações se sobrepôs à dura disputa interna, ignorando, creio, o desenvolvimento de Botafogo-PB, ABC e América.

Abaixo, assista a um vídeo de oito minutos numa participação no Podcast 45 Minutos, onde ampliei esse assunto. O que você acha?

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