Copa do Mundo

Conmebol sugere Copa do Mundo com 64 equipes para o centenário

<p>Abertura da Copa de 2030 celebra 100 anos com 64 seleções.</p>

Abertura da Copa de 2030 celebra 100 anos com 64 seleções.

A Conmebol apresentou oficialmente uma proposta ambiciosa para o centenário da Copa do Mundo da FIFA: levar o torneio a uma edição especial com a participação de 64 seleções. A ideia é que em 2030, quando se celebra os 100 anos da primeira competição, torne-se possível reunir ainda mais países em uma festa histórica do futebol mundial.

Segundo a entidade sul-americana, o argumento central da proposta é que “só se fazem 100 anos uma vez” e que esse marco único merece uma comemoração à altura. Por isso, aumentar o número de participantes para 64 seleções reforçaria o caráter democrático e global do torneio, permitindo que mais confederações e nações participem da festa.

Expansão histórica da Copa do Mundo

Atualmente, a FIFA já havia aprovado o aumento da Copa do Mundo para 48 seleções a partir da edição de 2026, que será realizada no Canadá, México e Estados Unidos. A nova proposta da Conmebol, porém, levaria essa ampliação ainda mais longe para alcançar o número recorde de 64 seleções. Isso representaria um crescimento significativo, quase dobrando o formato atual com 32 equipes, utilizado até o torneio de 2022 no Catar.

No entendimento da Conmebol, a ampliação histórica para 64 seleções proporcionaria uma oportunidade inédita para países que nunca participaram do torneio terem sua chance, democratizando o acesso e celebrando o caráter universal do futebol.

Centenário em múltiplas sedes históricas

A ideia também dialoga com outra proposta da Conmebol de realizar a Copa do Mundo de 2030 em múltiplos países, incluindo uma partida inaugural no Uruguai, onde ocorreu a primeira edição do Mundial em 1930. Essa iniciativa, segundo os dirigentes sul-americanos, reforçaria as raízes da competição e homenagearia seu início simbólico no Estádio Centenário, em Montevidéu.

Vale lembrar que o Uruguai sagrou-se campeão naquela primeira Copa, vencendo a Argentina por 4 a 2, iniciando uma das maiores tradições esportivas do planeta. Por isso, a Conmebol acredita que sediar a abertura em Montevidéu e ampliar as vagas para 64 seleções tornariam a edição de 2030 única e histórica.

Desafios e negociações com a FIFA

Apesar do otimismo, a proposta ainda depende da aprovação da FIFA, que deve analisar a viabilidade logística e financeira do torneio ampliado. A realização de uma Copa do Mundo com 64 seleções exigiria um robusto planejamento, incluindo redefinir o cronograma, ampliar o número de sedes e ajustar o formato da competição para comportar mais jogos sem prejudicar o calendário internacional.

A Conmebol, contudo, acredita que o evento justifica o esforço, dada a importância histórica do centenário. Para os dirigentes sul-americanos, 2030 é a oportunidade perfeita para inovar e celebrar a trajetória do futebol mundial de forma inclusiva e grandiosa.

Outros projetos para a Copa de 2030

Além da proposta de expansão para 64 seleções, a edição de 2030 já desperta debates e propostas inovadoras. Marrocos, Espanha e Portugal possuem uma candidatura conjunta para sediar o evento, enquanto países sul-americanos sugerem uma Copa pancontinental para marcar os 100 anos. A ideia da Conmebol complementa esse cenário, trazendo uma dimensão histórica e inclusiva à disputa pela sede e pelo formato.

Especialistas apontam que a ampliação para 64 seleções representa um grande desafio logístico e organizacional, mas também reconhecem o potencial histórico e simbólico da proposta, que poderia tornar a Copa de 2030 um marco para o futebol internacional.

Impacto global e legado

Se aprovada, a Copa do Mundo com 64 seleções elevaria ainda mais o perfil do torneio, que já é o maior evento esportivo do planeta. Mais países teriam chance de participar do espetáculo, fortalecendo o intercâmbio esportivo e cultural e aumentando o engajamento global com a competição.

Para a Conmebol, essa ampliação celebraria o futebol como uma linguagem universal e reforçaria o compromisso com inclusão e diversidade, alinhando a edição centenária às transformações recentes do esporte mundial.

Agora, resta aguardar o posicionamento da FIFA sobre essa proposta ousada, que pode transformar a Copa de 2030 em uma edição histórica e ainda mais memorável, consolidando seu legado para as próximas gerações.

Fonte: ogol.com.br