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Vôlei

Carol Gattaz se despede com título do Minas após 10 anos, rumo ao Praia Clube

<p>Hedgard Moraes/MTC</p>

Hedgard Moraes/MTC

Central de 42 anos estava há 10 anos em Belo Horizonte

Uma das relações mais longevas do vôlei nacional chegou ao fim neste domingo (21). Após 10 anos, a central Carol Gattaz deixou o Minas Tênis Clube após o título na final da Superliga Feminina e vai defender o maior rival, Praia Clube, a partir da nova temporada.

“Eu encerrei meu ciclo no Minas da melhor maneira possível, como eu gostaria de ter sido: campeã. Mais do que nunca, me despedir, acho que foi uma história linda, tinha que ser fechada com chave de ouro e foi fechada. Meu ciclo se encerrou, tenho a maior gratidão pelo Minas, sempre vou ter e espero que eu tenha deixado um legado muito incrível. E agora começa um outro legado no futuro. Eu espero que ainda possa jogar mais alguns anos, mostrar que idade é só um número e essas coisas todas”, disse Gattaz.

A experiente vice-campeã olímpica de 42 anos se despediu da Rua da Bahia ainda na semana passada. Seu último jogo em casa como jogadora do Gerdau Minas foi na semifinal da Superliga, com vitória e classificação contra o Osasco. Depois do jogo, ela ainda passou muito tempo em quadra se despedindo e atendendo as centenas de torcedores que ficaram por mais tempo na Arena UniBH para tietar a jogadora. Agora, porém, ela vai conviver com uma torcida oposta, e falou sobre essa troca.

“Eu penso nisso, mas eu acho que é da nossa vida de atleta, em um ano a gente está em um clube, no outro ano a gente está em outro lugar. Mas nós somos profissionais acima de tudo e temos que defender quem confia na gente, quem confia no nosso trabalho. Estiver por 10 anos aqui, defendi essa camisa com unhas e dentes, dei o meu melhor dentro de quadra, assim como vou seguir fazendo na próxima equipe, no Praia Clube”.

Assim, ela também deixou um recado para a torcida minastenista. “Espero que as pessoas esqueçam um pouco do clubismo e torçam pela atleta Carol Gattaz. Acho que isso é o mais importante, que a gente possa deixar uma história pelo que a gente faz dentro de quadra, pelo que eu fiz pelo Minas, pelo que eu vou fazer pelo Praia”.

A saída de Carol Gattaz

Após sofrer uma grave lesão ainda na temporada passada, Carol Gattaz viu a jovem Julia Kudiess, que já tinha passagem pela Seleção, ganhar destaque a substituindo, o que acirrou a disputa no meio de rede e pode ter acelerado a saída de Gattaz, que atuou pouco em 2023/24. Assim, ela acertou com o Praia Clube, que, hoje, tem nomes como Adenízia, Milka e Lorena para a posição.

A veterana elogiou o jovem talento do meio de rede minastenista. “A Júlia é uma menina que já faz quatro, cinco anos que vem com a gente, sempre foi um talento, desde a base e ela foi crescendo a cada ano. O que ela cresceu neste ano, evoluiu, fez um campeonato incrível. É muito legal ver esse crescimento dela e saber que, claro, ela teve eu e Thaísa o tempo todo como um espelho para ela e eu fico muito feliz de ter sido importante para ela, porque é uma menina com muito futuro ainda. É o primeiro ano de vários que vão vir para ela”.

Kudiess também falou sobre Gattaz: “A Carol e a Thaísa sempre foram meus espelhos, principalmente a Carol, por ser a rede que eu faço. Eu falei para ela: ‘nunca vou deixar de te admirar, porque se eu faço o que faço hoje, é por conta dela. Eu sei que onde ela estiver vai ter o maior sucesso do mundo. É uma pessoa que sempre foi uma mãe para mim. As coisas acontecem no esporte. Teve essa situação de eu jogar, da lesão dela, mas acho que faz parte, a gente nunca deixou de se gostar, pelo contrário, temos uma conexão muito grande. É uma grande responsabilidade estar no lugar dela”.

No jogo de despedida, Gattaz, mais uma vez apareceu com menos espaço. Reserva na partida decisiva, a central viu mais uma grande atuação de Júlia Kudiess e foi pouco acionada, entrando em quadra apenas para os três últimos pontos do 1º set. Mesmo assim, ela comemorou o pentacampeonato da Superliga como poucas.

Mesmo com pouca sequência, a jogadora ainda sonha com uma vaga em Paris-2024. “Eu estou 100% recuperada. Não estou 100% no meu ritmo de jogo, porque eu quase não joguei nessa temporada. Se eu for convocada, vou ficar muito feliz, vou correr para isso. Mas se não for, já estou feliz de ter meu nome na lista (de inscritas para a VNL) e ele (José Roberto Guimarães) sabe que pode contar comigo”, concluiu Gattaz.

A carreira de Carol Gattaz

Revelada pelo Rio Preto ainda na temporada 1996/97, a central passou por São Caetano, Paraná (atual Sesc Flamengo), Osasco, Jesi (ITA), Vôlei Futuro-SP, Igtisadchi (AZE) e Campinas. A chegada ao Minas foi em 2014/15, somando 10 temporadas e empilhando títulos para se tornar uma das maiores ídolos da história da tradicional equipe.

Na carreira, ela tem uma prata em sua única participação olímpica (Tóquio-2021) e também soma três pratas no Campeonato Mundial, uma na Copa do Mundo e uma na Liga das Nações (VNL). Também pela Seleção, ela foi pentacampeã do Grand Prix e do Sul-Americano. Por clubes, ela ganhou a Superliga por seis vezes e também somou títulos do Sul-Americano (5), Copa Brasil (3), Paulista (4), Mineiro (4) e Carioca (3).

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