Perfil: Após acesso e título da Série B, Léo Condé conquista Baiano e segue escrevendo seu nome no Vitória

O técnico Léo Condé iniciou sua carreira aos 23 anos de idade, comandando as categorias de base do Tupi-MG. Conforme foi ganhando experiência e chamando atenção pelo seu estilo de jogo, o treinado assumiu o Vitória, conquistou a Série B do Brasileirão e agora o Baiano. Conheça sua história!

O Vitória se destacou como um dos principais times nordestinos em 2023. Além do acesso para a Série A, o Leão da Barra conquistou o primeiro título a nível nacional. Neste ano, apesar do início complicado com a eliminação na Copa do Nordeste, venceu também o Campeonato Baiano sobre o maior rival, o Bahia. E um dos responsáveis pelo excelente momento da equipe é Léo Condé.

O treinador, que teve experiências em clubes de Norte ao Sul do Brasil, atingiu um objetivo antigo e muito sonhado: conquistar um título nacional pela primeira vez na carreira. Com o Vitória, conseguiu fazer um trabalho consistente do início ao fim e com muito controle do elenco e das adversidades que surgiram no meio do caminho. 

O treinador campeão com o Leão da Barra é o personagem de mais um perfil do Click Esportivo. Desde o começo, nas categorias de base do América-MG, em bater na trave em vários clubes, até viver o melhor momento da carreira.

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Quem é Léo Condé?

Leonardo Condé nasceu em Piau, no município de Minas Gerais, no dia 21 de abril de 1978, mas aos seis anos se mudou para Juiz de Fora. O amor pelo futebol começou na infância após ir a jogos com os irmãos. Ele era frequentador assíduo dos estádios e principalmente dos campos de várzea da cidade.

Ao contrário da maioria dos treinadores, Léo foi inserido no mundo do futebol como treinador. Não demorou para que começasse a trabalhar nas categorias de base do Tupi-MG. A maneira que comandava a equipe chamou a atenção do América-MG, que em 2001, o contratou para treinar a categoria juvenil.

Léo Condé tinha 23 anos e passou dois anos no cargo até chegar nos juniores, em que foi Campeão Mineiro em 2004. O treinador comandou a equipe principal de forma interina um ano depois.

A carreira dele ganhou um sobressalto quando foi chamado para trabalhar no Atlético-MG. Sem receio, trilhou o mesmo percurso no clube anterior: do juvenil até o juniores. A longa experiência em times da base é o grande trunfo para o treinador.

Segundo Condé, todos os treinadores deveriam viver o processo de trabalhar nas categorias de base, sobretudo para ver e lidar com a formação dos jogadores. Ele destaca que isso foi fundamental para conseguir ter um bom entendimento sobre futebol e usar a experiência nas equipes principais.

Durante o tempo que trabalhou no Galo, conseguiu fazer um trabalho sólido e vencedor. Conquistou títulos no sub-17 e sub-20 tanto dentro quanto fora do Brasil, como na Alemanha e Holanda. 

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Times treinados por Léo Condé

A primeira experiência de Léo Condé com um time profissional foi no Tupi-MG, em 2009. Ele teve passagem de quase um ano e conseguiu classificar a equipe duas vezes para a segunda fase do Mineiro. Treinou também o Ipatinga, e não conseguiu fazer uma boa campanha na Série B. E o Vila Nova até chegar no Nova Iguaçu.

Foram duas temporadas na equipe do Rio de Janeiro. Em 2012, conquistou o título da Copa Rio e consequentemente a vaga na Série D. Foi a primeira vez que o clube disputou um campeonato nacional na história, e até hoje onde teve a melhor campanha. 

Em 2014 teve o primeiro contato com a Caldense, que na época estava disputando vaga na semifinal do Mineiro. Sem calendário para o resto do ano, o treinador retornou ao Tupi para lutar pelo acesso à Série B, mas caiu nas quartas de final para o Paysandu.

Um ano depois, aceitou o convite da diretoria e retornou à Caldense para fazer história no Campeonato Mineiro. O time foi campeão do primeiro turno e chegou invicto na final contra o Atlético-MG, em que perdeu o título. O vice-campeonato garantiu classificação na Série D, pela primeira vez disputada, e na Copa do Brasil. 

Com os holofotes em cima do trabalho, Léo foi comandar o Sampaio Corrêa na Série B pela primeira vez em 2015. Foram 37 partidas à frente da Bolívia Querida e um 8º lugar na Segundona. Um ano depois teve passagens no Bragantino e Goiás.

Léo assumiu o CRB no início da temporada de 2017 e sob status dos bons trabalhos realizados na Caldense e na Bolívia Querida. Logo no início conseguiu manter a hegemonia do Galo de Campina no Alagoano e conquistou o título. Na Série B, deixou o cargo após quatro derrotas consecutivas.

O Botafogo-SP anunciou a chegada do treinador no final do ano para a temporada seguinte. No ano do Centenário do clube, Léo Condé tinha a importante missão de conseguir conquistar, pelo menos, o acesso para a Série B. Com a queda nas quartas de final para o Santos no Paulista, a preparação da equipe começou mais cedo.

Na Série C, se classificou em primeiro lugar no Grupo B e chegou até as semifinais, quando perdeu para o Cuiabá. Mas um dos principais objetivos da equipe, o acesso, foi conquistado com muito apoio do torcedor.

Após sair da Pantera, Léo Condé teve rápidas passagens no Paysandu e São Bento em decorrência da pandemia da Covid-19 e da paralisação total dos campeonatos. Com o retorno gradual do futebol, em 2020, voltou para o Sampaio ainda mais experiente.

Com a Bolívia Querida, conquistou o título Campeonato Maranhense e brigou pelo acesso à Série A. A equipe terminou em 6º lugar após uma sequência de resultados ruins na reta final.

Com o fim da temporada, o treinador foi chamado para o recém-fundado Novorizontino. Condé marcou a história do clube com um ano arrebatador, com título do primeiro turno do Campeonato Paulista e o acesso para a Série B de 2022. 

Após passagem por São Paulo, retornou ao Nordeste, especificamente ao Sampaio, para mais uma temporada. O treinador teve a missão de montar um bom elenco para conquistar títulos e o tão sonhado acesso para a Série A.

O treinador começou bem a temporada com a equipe vencendo o Campeonato Maranhense de forma invicta. Mas na Série B, novamente, bateu na trave do acesso para frustração geral. Após resultados ruins, o Paio conseguiu se recuperar nos últimos 10 jogos, mas não foi suficiente.

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Quando Léo Condé começou no Vitória?

O Vitória confirmou a contratação de Condé no início de fevereiro, quando o clube ia mal no Campeonato Baiano. E apesar da expectativa para uma mudança que surtisse “efeito imediato”, isso não foi concretizado. 

O Leão da Barra continuou mal no Estadual e terminou sem conseguir se classificar para as semifinais pelo quinto ano consecutivo. Na Copa do Nordeste, a situação também não foi animadora.

Após conseguir vaga através da Pré-Copa do Nordeste, batendo o Cordino e Jacuipense, a equipe foi para a fase de grupos. Mas não teve uma boa performance e terminou em sétimo lugar, com apenas uma vitória em oito jogos.

Com as eliminações precoces, o Vitória conseguiu mais tempo para fazer a pré-temporada da Série B. Com a chegada de jogadores mais experientes mesclando com os mais jovens, Léo Condé conseguiu montar uma boa equipe para brigar pelo acesso

Mesmo sob certa desconfiança, o time teve um início avassalador e igualou a campanha de Corinthians, Guarani e Náutico como os melhores inícios na era dos pontos corridos na Série B. Foram cinco jogos e cinco vitórias (Ponte Preta, ABC, Londrina, Botafogo-SP e Ceará).

O time permaneceu fazendo bons números e não sofreu mais de duas derrotas consecutivas no campeonato. Além disso, Condé e os comandados precisaram superar problemas de lesão e até o diagnóstico de câncer de Léo Gamalho. 

A distância para os adversários aumentava a mesma medida que a torcida comparecia ainda mais no Barradão e por onde o time fosse jogar. A cada rodada, Condé ressaltava a importância dos torcedores e como isso faz a diferença para a equipe que entra em campo. 

E com o empurrão do torcedor, o Vitória conquistou o tão sonhado título e acesso para a Série A. Condé foi um dos principais responsáveis por conseguir manter a lucidez e confiança durante todo o campeonato, mesmo nos momentos mais complicados.

Com o clube baiano, ele conseguiu o primeiro título nacional como treinador. Graças ao apoio da diretoria e torcedor, que confiaram na longevidade do trabalho, Léo Condé encerrou a melhor temporada da carreira, literalmente, no topo.

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Conquista do Baiano após sete anos

A relação sólida entre o Vitória e Léo Condé teve mais um capítulo vitorioso. Após o início de temporada oscilante, até com eliminação na primeira fase da Copa do Nordeste, o Leão levantou mais um troféu.

Após sete anos, o Vitória conquistou o Campeonato Baiano. O Rubro-negro superou o Bahia e fez a festa na casa do maior rival. Foi o 30º título estadual do clube.

“Realmente é um momento muito especial. O início foi sob muita desconfiança. A gente conseguiu, junto com os atletas, comissão técnica, direção, se mobilizou e fez toda aquela campanha histórica do ano passado na Série B, combinando com acesso e título. E esse ano, mais uma vez, ocorreu uma reestruturação da equipe, mas a gente conseguiu manter uma base. Não é um trabalho só do Léo, mas a gente conseguiu concretizar com mais uma conquista de um título”, pontuou o treinador.

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O técnico Léo Condé viveu em 2023 o melhor ano da sua carreira, tanto em visibilidade, quanto desempenho da equipe e conquistas. Tendo começado com pouca idade e ainda sendo jovem quando comparado aos treinadores da primeira divisão, o comandante do Vitória parece ter uma carreira promissora pela frente.

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