SELEÇÃO
Diniz alcança marca negativa inédita como técnico da Seleção

Fernando Diniz chegou a três derrotas consecutivas no comando da Seleção. Foto: Daniel Ramalho / AFP
Fernando Diniz conheceu sua terceira derrota consecutiva no comando da Seleção, algo inédito para um treinador da equipe brasileira em jogos válidos por competições. Sequências semelhantes aconteceram envolvendo amistosos ou em períodos de troca de comando.
A derrota por 1 a 0 para a Argentina na noite dessa terça (21) foi a terceira seguida da Seleção Brasileira nestas Eliminatórias. Antes, a equipe comandada por Fernando Diniz já havia perdido para o Uruguai por 2 a 0 e para a Colômbia por 2 a 1.
O resultado quebrou diversas marcas históricas. Além de ter sido a primeira vez que a seleção perdeu um jogo de Eliminatórias dentro de seu território, também foi a quarta partida seguida sem marcar gols diante da Argentina, algo inédito na história do confronto para qualquer uma das equipes. No contexto das Eliminatórias, a campanha deste ano se tornou a pior no recorte dos seis jogos iniciais.
Além das marcas coletivas, a derrota para os hermanos também valeu um recorde negativo para Fernando Diniz. Até hoje, nenhum treinador da seleção havia perdido três partidas seguidas em jogos válidos por competições.
No comando da Seleção Brasileira desde julho deste ano, Fernando Diniz acumula seis jogos no cargo. Após um excelente início na estreia diante da Bolívia, a equipe chegou à segunda vitória contra o Peru, embora o desempenho tenha ficado abaixo do primeiro jogo. Na partida seguinte, empate em 1 a 1 contra a Venezuela. A partir daí vieram as derrotas diante de Uruguai, Colômbia e Argentina.
Sequências semelhantes
Três derrotas seguidas por si só já não é algo comum para a Seleção Brasileira. Essa foi apenas a quarta vez numa história que já dura 109 anos, desde o primeiro jogo oficial da equipe canarinho, realizado em 1914. Neste período, algumas situações se aproximaram da marca estabelecida por Fernando Diniz.
Em 2001, o Brasil viveu uma de suas piores séries de derrotas da história ao perder quatro partidas seguidas. A sequência, no entanto, não teve apenas um treinador, como é o caso de Diniz agora. As duas primeiras derrotas foram comandadas por Emerson Leão durante a Copa das Confederações. Na semifinal, 2 a 1 para a França em Suwon. Contra a Austrália, na decisão do terceiro lugar, derrota por 1 a 0.
A má campanha na Copa das Confederações custou o cargo de Leão, que deu lugar a Luiz Felipe Scolari. Na partida de estreia, já pelas Eliminatórias, derrota por 1 a 0 para o Uruguai. No jogo seguinte, 1 a 0 para o México na estreia da Copa América. A primeira vitória de Felipão viria em seguida, 2 a 0 sobre o Peru.
Entre 1920 e 1921, o Brasil também viveu uma série de quatro derrotas, embora haja uma partida não contabilizada como oficial nesse período. Nas duas primeiras, em 1920, derrotas para Uruguai e Argentina pelo Sul-Americano, sob comando de uma comissão técnica formada por Fortes e Oswaldo Gomes. Depois veio o amistoso não reconhecido como oficial, onde o Brasil perdeu para a Argentina por 3 a 1. Em 1921, já sob comando de Ferreira Vianna, nova derrota para a Argentina pelo Sul-Americano.
Alguns anos antes, entre 1916 e 1917, o Brasil perdeu três seguidas pelo Sul-Americano. A primeira ocorreu em 1916: 2 a 1 pro Uruguai numa partida comandada pela comissão técnica formada por Silvio Lagreca, Benedito Montenegro, Joaquim Ribeiro e Mário Cardim.
No ano seguinte, também pelo Sul-Americano, derrotas para Argentina e Uruguai. O comando técnico era formado por Chico Netto, Mário Pollo e R. Cristófaro. Alguns amistosos foram disputados entre essas partidas.
O último treinador a, assim como Diniz, perder três seguidas no comando da seleção foi Sebastião Lazaroni, em 1989, mas numa sequência que não envolveu somente competições. As duas primeiras derrotas ocorreram no Torneio da Dinamarca: 2 a 1 contra a Suécia e 4 a 0 diante dos donos da casa. A terceira veio num amistoso diante da Suíça, quando o Brasil perdeu por 1 a 0.
Em 1923, o treinador Chico Netto também se aproximou da marca de Fernando Diniz quando perdeu três jogos consecutivos pelo Sul-Americano, diante de Paraguai, Argentina e Uruguai. A sequência foi salva por um jogo realizado entre as derrotas para Argentina e Uruguai, quando a Seleção venceu o Paraguai pela Taça Rodrigues Alves.
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