Basquete
10 curiosidades do basquete que você precisa saber

Foto: wikimedia commons
O basquete tem experimentado um notável crescimento em participação global, estabelecendo-se como um dos esportes mais praticados em todo o mundo. Atualmente, é a segunda modalidade esportiva com o maior número de ligas nacionais, ficando atrás apenas do futebol, que detém o título de esporte mais popular do planeta.
Este aumento na popularidade do basquete tem impactado positivamente no cenário econômico do esporte, refletindo em contratos cada vez mais substanciais para suas principais estrelas. No entanto, é importante ressaltar que essa prosperidade financeira está, em grande parte, concentrada na principal liga de basquete do mundo, a NBA.
Ao contrário do futebol, onde diversos países possuem ligas nacionais competitivas, o basquete destaca-se pela sua predominância na NBA, limitando as oportunidades de jogadores fora dessa liga desfrutarem dos mesmos benefícios.
Leia mais: Playoffs NBA: O Caminho para a Glória no Basquete Profissional
A importância do basquete nos esportes
Esses dados evidenciam a significativa importância do basquete como esporte global, tanto devido à sua simplicidade e acessibilidade para a prática, quanto à sua relevância cultural em diversas esferas, como moda, música e estilo de vida. O basquete se destaca como a modalidade esportiva que exerce a maior influência nessas camadas sociais, permeando diversos aspectos da sociedade de maneira marcante.
Seja pela moda associada às vestimentas dos jogadores, pela trilha sonora vibrante que embala as partidas, ou pelo modo de vida que o esporte incorpora, o basquete se consolida como uma poderosa força cultural, transcendendo as fronteiras puramente esportivas.
Confira: Fundamentos do Basquete: A Base para o Sucesso no Jogo
10 Curiosidades sobre Basquete
Para aprofundar seu conhecimento sobre o basquete e explorar as origens fascinantes e histórias emblemáticas do esporte, selecionamos para você 10 curiosidades que proporcionarão uma visão maior dessa modalidade.
Criação do basquete
Em 1891, o professor canadense James Naismith recebeu a tarefa de criar uma atividade que entretivesse os jovens da Springfield College, uma escola cristã em Massachusetts, durante o inverno e que pudesse ser praticada em ambientes fechados.
Nesse contexto, James elaborou 13 regras básicas, instalou duas cestas de pêssegos e as pendurou em cada extremidade da quadra da escola, a uma altura de 3,05 metros, marcando assim o início da história do basquete no mundo. Inicialmente, as cestas não eram furadas, o que apresentou desafios nos primeiros momentos do jogo.
Contudo, o professor rapidamente resolveu essa questão fazendo um furo em cada cesta, proporcionando uma dinâmica mais eficiente ao novo esporte.
Em um curto período, o basquete conquistou o status de esporte olímpico. Sua estreia ocorreu nas Olimpíadas de St. Louis em 1904, como esporte de exibição, e foi oficialmente integrado aos Jogos Olímpicos em 1936, durante a edição de Berlim.
Veja também: Posições no Basquete: Papéis e Responsabilidades dos Jogadores
Dream Team

Foto: wikimedia commons
Uma das narrativas mais cativantes do basquete surgiu nas Olimpíadas de 1992 com a formação do lendário “Dream Team”. Entre 1936 e 1968, os Estados Unidos dominaram o basquete olímpico, mas entre 1972 e 1988, apesar de conquistarem dois ouros, enfrentaram desafios notáveis, incluindo a polêmica derrota para a União Soviética em 1972 e a ausência nas finais em 1980 e 1988.
Uma derrota memorável para o Brasil no Pan-Americano de Indianápolis em 1987, onde Marcel e Oscar Schmidt surpreenderam o mundo ao vencer os anfitriões, também abalou o orgulho americano.
Após uma série de derrotas desconcertantes, os Estados Unidos decidiram, a partir das Olimpíadas de Barcelona, entrar na competição com o que havia de melhor: seus principais jogadores da NBA. Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird e Charles Barkley, que haviam dominado a liga americana na década anterior, foram reunidos para restaurar a supremacia americana no esporte.
O resultado dessa união de talentos excepcionais foi uma campanha histórica e tranquila para o time americano, vencendo todos os jogos, incluindo a final contra a Croácia, na qual triunfaram com uma diferença de 32 pontos.
Desde então, os Estados Unidos têm mantido uma soberania quase incontestável nas competições olímpicas de basquete, conquistando o ouro em todas as edições, exceto em 2004, em Atenas, quando foram surpreendentemente eliminados nas semifinais pela Argentina, que se consagrou campeã.
O maior de todos os tempos e os maiores do presente

Foto: wikimedia commons
Em todos os grandes esportes, surgem lendas que deixam uma marca indelével, e no basquete, Michael Jordan é incontestavelmente a maior lenda da história. Atuando como ala-armador pelo Chicago Bulls de 1984 a 1998, Jordan conquistou seis títulos, incluindo duas sequências de três campeonatos consecutivos entre 1991 e 1993 e novamente entre 1996 e 1998.
Além de ostentar inúmeros recordes estatísticos, Jordan promoveu uma verdadeira revolução cultural nos esportes. Ao assinar com a Nike, então uma marca não tão proeminente no ramo esportivo, Jordan fez uma escolha visionária. O acordo incluía ações da empresa, proporcionando a Jordan uma fonte significativa de renda mesmo após sua aposentadoria.
Ele foi o primeiro atleta a ter uma linha exclusiva dentro da marca, a Jordan Brand, que hoje vale mais de 5 bilhões de dólares e representa 11% do total de vendas da Nike.
Quando Jordan se retirou das quadras em 2003, houve especulações sobre o futuro da NBA sem sua principal figura. No entanto, na temporada 2003-04, o Cleveland Cavaliers escolheu LeBron James como a primeira seleção do draft. James, amplamente considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos, acumulou quatro títulos com três equipes diferentes (Heat, Cavaliers e Lakers), além de quatro títulos de MVP da temporada regular, 4 MVP de finais, novato do ano, o maior número de pontos marcados na liga, 19 participações no All-Star Game, 19 seleções ideais da NBA e seis aparições na equipe defensiva da competição, destacando sua notável versatilidade.
Além de LeBron James, jogadores como Stephen Curry, Kevin Durant e Giannis Antetokounmpo têm dominado a liga nos últimos anos, encantando os fãs e contribuindo para o aumento da popularidade da NBA em todo o mundo.
Saiba mais: Regras do Basquete: Guia Completo para Entender o Jogo
100 pontos em um só jogo

Foto: wikimedia commons
O pivô Wilt Chamberlain destacou-se como uma das primeiras grandes estrelas da NBA, deixando sua marca como um dos melhores jogadores da história da liga.
Em 2 de março de 1962, durante sua terceira temporada com o Philadelphia Warriors, Chamberlain alcançou um feito extraordinário que até hoje parece inigualável. Ele estabeleceu um recorde notável ao marcar incríveis 100 pontos na vitória do Warriors sobre o Knicks, encerrando a partida com uma pontuação final de 169 a 147.
Esse desempenho não apenas solidificou o lugar de Chamberlain na história, mas também estabeleceu recordes adicionais, incluindo o número de lances livres convertidos por ele. Por vários anos, esse confronto permaneceu como a partida com o maior número de pontos na história da liga, destacando a grandiosidade do talento de Wilt Chamberlain.
Ídolos brasileiros

Foto: wikimedia commons
O Brasil ostenta uma rica história no basquete, destacando-se com a seleção masculina conquistando o título mundial em duas ocasiões (1959 e 1963). Além disso, é a única seleção que participou de todas as edições do Campeonato Mundial de Basquete.
No âmbito feminino, a seleção também alcançou o topo ao vencer o torneio em 1994, uma conquista notável impulsionada pelo desempenho extraordinário das lendas do basquete brasileiro: Hortência, que foi MVP e cestinha do torneio, Magic Paula e Janeth Arcain.
No cenário masculino, dois ícones marcantes são Oscar Schmidt e Marcel, que foram campeões pan-americanos ao derrotar os EUA em Indianápolis. Além deles, Amaury Passos e Wlamir Marques contribuíram para os títulos mundiais em 1959 e 1963, assim como o lendário Ubiratan, um dos maiores pivôs da história do basquete brasileiro, honrado com a entrada no Hall da Fama.
Esses jogadores não apenas deixaram um legado vitorioso, mas também ajudaram a construir a sólida tradição do basquete brasileiro em competições internacionais.
Leia também: Cesta de Basquete: Conheça os Segredos da Pontuação no Jogo
Diferenças entre NBA e FIBA
As competições de basquete em todo o mundo seguem as regras estabelecidas pela FIBA (Federação Internacional de Basquete), com exceção notável na principal liga do esporte, a NBA.
Uma das primeiras divergências está no tempo de jogo. Enquanto na liga americana as partidas são divididas em quatro quartos de 12 minutos, na FIBA, o jogo é disputado em quatro quartos de dez minutos, resultando em uma diferença de oito minutos no total entre partidas da federação em comparação com a liga americana.
Outra distinção notável nas regras das duas entidades diz respeito aos pedidos de tempo técnico. Na FIBA, somente os técnicos têm o poder de solicitar uma pausa técnica, e essa solicitação só pode ser feita quando o jogo está parado, limitando-se a cinco momentos ao longo da partida. Já na NBA, tanto treinadores quanto jogadores têm a prerrogativa de pedir uma pausa, e eles podem fazer até seis solicitações durante o jogo.
Uma diferença que impacta significativamente a dinâmica do jogo é a regra do garrafão. Enquanto na NBA nenhum jogador pode permanecer mais do que 3 segundos dentro da área do garrafão, nas competições da FIBA não há tal restrição, proporcionando maior liberdade para os pivôs na missão de proteger o aro.
Outro aspecto importante que difere entre os dois modelos é a distância da linha de três pontos. Enquanto na NBA a linha de três pontos está a 7,24 metros da cesta, nas competições da FIBA a distância é menor, com 6,75 metros até a cesta. Essas variações nas regras entre as duas organizações contribuem para as nuances e características distintas do jogo em diferentes contextos e competições.
Além dos Estados Unidos
A cada ano que passa, o basquete continua a ganhar popularidade em todo o mundo, resultando na presença crescente de estrelas estrangeiras na principal liga global, a NBA. Atualmente, jogadores gregos, eslovenos, sérvios, camaroneses, franceses, entre outros, destacam-se como protagonistas na NBA.
Essa diversidade reflete uma mudança significativa, pois, apesar de seu histórico rico, a liga americana de basquete nunca testemunhou tantos estrangeiros desempenhando papéis de destaque.
Entretanto, a história do basquete é igualmente rica em todo o mundo, independente do cenário da liga americana. A Argentina, por exemplo, já conquistou títulos mundiais e olímpicos (1950 e 2004). A União Soviética foi vitoriosa em três campeonatos mundiais e quatro Jogos Olímpicos, enquanto a Iugoslávia ostenta cinco títulos mundiais e um ouro olímpico.
A Letônia também possui uma medalha de ouro olímpica, enquanto o Brasil e a Espanha acumulam títulos mundiais, com dois para cada seleção.
Essa rica tapeçaria de conquistas em diferentes partes do mundo destaca a globalização do basquete e a paixão compartilhada por esse esporte em diversas culturas.
Veja também: Flamengo Basquete: A História de Sucesso do Orgulho Rubro-Negro
Ícones das quadras e da moda

Foto: wikimedia commons
Para além da sua influência nas quadras, os jogadores de basquete ao longo do tempo passaram a desempenhar um papel significativo na definição das tendências da moda. Esse fenômeno teve início com Michael Jordan e seu primeiro Air Jordan, que não apenas representou um marco cultural, mas continua a ser um ícone da moda até os dias atuais.
Nos anos 90, outro jogador que deixou uma marca inconfundível no cenário da moda do basquete foi o armador Allen Iverson. Além de demonstrar habilidades excepcionais nas quadras, Iverson também se destacava por seu estilo único, caracterizado por roupas mais folgadas, faixas e tranças na cabeça, e a icônica sleeve, que mais tarde se tornou comum em toda a liga.
Fora das quadras, Iverson era conhecido por sua afinidade com a cultura hip-hop, refletindo seu estilo nas vestimentas que lembravam os grandes ícones do gênero na época. Essa expressão única levou a NBA a tomar uma medida controversa ao implementar um código de vestimenta, uma clara resposta ao estilo distintivo de Iverson.
Camisas de times, regatas e alguns acessórios foram proibidos para os períodos pré e pós-jogos, marcando uma mudança notável na abordagem da liga em relação à moda dos jogadores.
A bola nem sempre foi laranja
Uma característica marcante do basquete é a cor laranja da bola, mas isso nem sempre foi assim. Nos primeiros anos do esporte, a bola era originalmente marrom, no entanto, essa escolha de cor gerava diversas reclamações por parte dos jogadores e torcedores. A dificuldade em enxergar o que acontecia durante o jogo era uma questão recorrente.
Em 1958, Tony Hinkle, técnico da Universidade de Butler, teve uma ideia inovadora ao decidir mudar a cor da bola para laranja. Essa alteração provou ser um sucesso imediato, proporcionando maior visibilidade e contribuindo para a identidade única do basquete. Desde então, a bola laranja tornou-se uma parte icônica e reconhecível do esporte.
Sucesso no cinema
O basquete não se limita às quadras; ele também conquista sucesso nas telonas, seja por meio de documentários, histórias baseadas em eventos reais ou até mesmo em comédias estreladas pelos astros da NBA. A lista de filmes abrange uma variedade de gêneros, nos quais o esporte desempenha um papel fundamental.
Nos anos 90, o renomado diretor Spike Lee, um torcedor icônico do Knicks, presenteou o público com “Jogada Decisiva” (The Got Game), um drama estrelado por Denzel Washington e Ray Allen, recém-draftado pelo Bucks.
Poucos anos depois, Michael Jordan brilhou como grande estrela na comédia “Space Jam”, dividindo a tela com personagens animados como Pernalonga e Patolino. A trama envolve a missão de salvar o mundo de aliens que roubaram o talento de astros da NBA. A sequência de “Space Jam” teve LeBron James como protagonista.
Outros filmes notáveis incluem “Arremessando Alto”, estrelado por Adam Sandler e o espanhol Juancho Hernangomez. Além disso, a comédia nonsense “Uncle Drew” destaca o personagem idoso interpretado pelo armador Kyrie Irving, surpreendendo as pessoas ao se revelar um velhinho habilidoso que vence todos nas quadras de rua. O cinema proporciona um terreno fértil para explorar as diferentes facetas e histórias cativantes do basquete.
Leia mais: Franca Basquete: A Tradição do Basquete Brasileiro Representada em Franca
Futuro do basquete: o que esperar?
O basquete encontra-se em um momento de transição significativa. Após a revolução das bolas de três, impulsionada por jogadores como Curry e o vitorioso Golden State Warriors, assim como astros como James Harden, a modalidade encaminha-se para uma fase em que, embora reconheça a importância crucial dos arremessos de três pontos, a estatura continua a desempenhar um papel cada vez mais fundamental.
Os arquétipos emergentes, representados por jovens talentos como Wembanyama e Chet Holmgreen, destacam-se não apenas por suas alturas impressionantes, acima de 2,10 metros, mas também pela habilidade excepcional de arremessar.
Esse perfil de jogador, dotado de uma combinação única de altura e precisão nos arremessos, sugere que o próximo capítulo do esporte pode ser dominado por atletas desse estilo particular.
Essa evolução sinaliza uma mudança no paradigma do basquete, onde a versatilidade se torna cada vez mais crucial, não apenas na defesa, mas também no papel ofensivo, rompendo com as convenções tradicionais e moldando a trajetória do esporte para o futuro.
Confira: Bola de Basquete: Tudo o que Você Precisa Saber sobre a Bola Oficial do Esporte
Conclusão
Aqui estão as nossas 10 curiosidades sobre o basquete. Agora, você está preparado para acompanhar os principais jogos e jogadores, munido desse conhecimento. Desfrute do melhor que o basquete tem a oferecer!
Quer ficar por dentro de mais curiosidades do mundo do basquete? Então continue com Click Esportivo!